Em todo o leste de Massachusetts é possível ver muitas prateleiras de farmácias desprovidas de produtos como acetaminofeno e ibuprofeno pediátrico, bem como qualquer número de medicamentos para tosse infantil.

Segundo o diretor sênior de Prática e Qualidade de Farmácia da Sociedade Americana de Farmacêuticos do Sistema de Saúde (ASHP), Michael Ganio, a demanda esteja impulsionando a escassez à medida que aumentam os casos de influenza, RSV e Covid.

“É uma reminiscência do papel higiênico durante a pandemia. É lamentável, mas ficamos sabendo que talvez não haja acesso a algo e todo mundo quer comprar”, disse Ganio.  Em outras palavras, a percepção de uma escassez cria uma escassez real.

Mas Ganio espera que a escassez de produtos infantis diminua nas próximas semanas, à medida que os fabricantes enviam mais produtos, pois, segundo ele, não há problemas de fabricação. “Alguns dos fabricantes comerciais desses medicamentos conversaram conosco e disseram que temos produtos disponíveis. É uma questão de colocá-lo nas prateleiras”, garantiu.

No entanto, a escassez de medicamentos prescritos pode não ser resolvida tão rapidamente. Ganio informou que a amoxicilina e alguns antibióticos semelhantes têm sido problemáticos nas últimas semanas.

“Quando pensamos em escassez de medicamentos, pensamos em algum tipo de interrupção na fabricação, algo na cadeia de suprimentos que poderia estar mais próximo do vidro ou da matéria-prima. Mas essa escassez parece ser completamente impulsionada pela demanda”, concluiu. Assim, a direção dos surtos ajudará a determinar quando essa escassez diminuirá, mas não apenas nos Estados Unidos.

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